23 de nov. de 2010

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Tamanha preguiça, arranha o teclado, mede a poeira da tela.
Bocejo, estalo de dedos e ainda é preciso escrivinhar
Talvez ninguém, nem mesmo o professor, leia uma palavra.
Tarefa insana, tijolo por tijolo, pai-nosso e ave maria até o amém de uma nota de rodapé sem graça

Tamanha galáxia, sem enfadonhos
Tanta cor, pra descansar a retina
Há por lá alquimistas e gente desligada
de ser, ter, estar e poder

Seu moço, Raulzinho, não me deixa aqui
Quero ir, sem passaporte, vistos e vícios
Dispenso papel, caneta e violão
para dormir na poeira de uma silenciosa explosão

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