Suas Mãos na Minha História

22 de fev. de 2011

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Entre passos para o futuro
Rendimentos lucros e responsabilidades
Cobranças de ser e escolher
Sondo um sentir
que isso é ilusão.


A verdade esta afastada
Se refugiou em alguma constelação
Mas deixou por aqui algumas pistas

Nobreza, carater e lealdade
Espelhados nestes olhos sempre ternos
Força, trabalho e luta
materializados nestes calos
Tantos que nem posso contar

O que me alegra pai
é que suas mãos calejaram
Também por fazer brinquedos,
Também por empurrar balanços,
Também por acariciar cabecinhas inquietas...

Hoje meus olhos, melancolicos
Não podem te trazer a alegria de antes
Pois este dia de recomeço pode doer
Mas eles trazem a mesma esperança
Que herdei do meu melhor gigante...

Vamos lembrar nossas histórias
De dragões e moinhos de vento
Pensar nos bicho papões
Que eles têm nos travesseiros

Conta mais uma paizinho....só mais uma.

Amanda Medina 

Brasil

16 de fev. de 2011

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De um povo heróico,
O brado retumbante
Soa com ares de revolta,
E o penhor dessa desigualdade,
Plena sobre nós.
De amor e esperança sobrevivemos,
Pois a imagem do Cruzeiro decadesce.
Foste belo, forte,
E o teu futuro?
Nossos bosques, por enquanto, têm vida,
Nossa vida talvez nunca tenha flores
E diga ao verde-louro desta flâmula:
Glória no passado, quanto à paz?
Talvez um filho teu não fuja à luta,
Pois, sem motivos pra viver,
Não teme a morte,
Mas mesmo assim pede:
Minha Pátria amada,
Idolatrada
Ó meu Deus!
Salve! Salve!
Carla Bianca
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Nem tudo que se vê é realmente como parece ser
A aparência é uma exterioridade,
É enigma do instinto cerebral,
É probabilidade.
Proporciona o desfalque da mente,
Do brilho do olhar,
Quando claramente obscurece o que na verdade
Apresenta em si,
Sem abreviar.
É cegueira iludida,
É cabeça instável,
É alma inserida de modo inservível,
É coração pulsátil à base de ficção,
Extravagância,
Concepção.
Nem tudo que se vê é realmente como parece ser,
Mas,
Tudo o que é visto com realidade,
Não parece ser,
Simplesmente é...
Carla Bianca
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Poderia um ser
Rastejar e se esconder
Com medo de viver
Junto da sociedade que o ignora?
Ir embora
Sem deixar saudades
Arder no Hades
Apenas por ser diferentes?
E impotente
Apodrecer lentamente
Corroído pelo que sente
Junto de seus companheiros
Desempregados e lixeiros
Negros e marginalizados
O resto da escória
O grupo  dos mal-olhados
Discriminados
Pela sociedade racista
Pela mãe nazista
Rejeitados
Degolados
Cavam com as próprias mãos a própria sepultura
Deixando a geração futura
Deles com amargura se lembrar
Como pobres cidadãos
Que nunca viram o mar.
Carla Bianca

O velho mundo de dentro

8 de fev. de 2011

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Estive me acostumando.
Concentrado em ser próprio.
Formas em minha mente.
De tempo sentir.
Tenho evitado.

Tempo vivido.
Tempo passado.
Sem now now now.
E imerso.
Onde tudo é dissoluto.
E disperso.

Assim a mente orbitante.
Se deixa permear de cores e sons.
Imagens pulsantes.
Do que foi, sem ordem.
Sem hora.
Distante.

Mergulhado.
No silêncio.
Confortável.
Um pulsar lento.
Letárgico.
De ter vivido.
E morrido.
Em algum lugar.
Do passado.

Filme.
Lembranças.
Cortes.
Na carne.
Na alma.
E muito.

Muito que não foi.
Dito.
Vivido.
Só.
Sentido.
Sentido.
Sentido.


Israel