Brilha, brilha " estrelinha"

16 de mar. de 2011

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Caçando estrelas, colecionamos Constelações grandiosas, como Pegasus e Peixe em Novembro. Disputando espaço com a imposição de Sirius e Júpiter. Previsíveis roteiros...previstos, rotineiros.
Mas nada traz maior felicidade a uma caçadora de estrelas do que uma rápida, inesperada e breve estrela cadente. Um piscar de esperança, riscando o panteão estelar, compartilhando nossa finitude... Ensinando a brilhar até o último instante.
Essa noite não sou estrela, sou nebulosa, conjunto caleidoscópico de poeira estelar, unida pelo medo de cair  e a vontade de voar. Maldita gravidade!
Milhões de cores compõem essa alma psicodélica...
Amanda Medina

Tempestade

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Nos Céus e no pensamento
de imaculado firmamento
fúria febril desaba e modifica


Raio!
Atinge a imóvel gigante
árvore, com suas raízes profundas
Incendiada, mal sabe que
as chamas trarão seu renascimento.


Passada a dor
suas raízes crescerão para dentro de si
Único solo seguro e fértil
E construirá suas asas
Com as penas caídas dos alados
Ganhará a imensidão


Quando a chuva passar...

Amanda Medina.

Opsiphanes Bassus e Sua Síndrome Aracnídea

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Madrugada...ondas de sonhos
Mente rendida as incertezas

Salto aracnídeo no abismo

Suspensos...por um fio
frágil, vulnerável e indefinido

Rendida e esperando

O próximo dia
O próximo Sol
O próximo lado escuro do Luar.

Amanda Medina

Miopia

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Essa espera angustiada
Iniciada ao abrir dos olhos
Me acalenta o coração descompassado
Ancioso procurando sem olhar.

Quase infinito invertido,
Cativo deste tic-tac arrastado
Cardio de mulher cordial
Cordial de Buarque
Emocional

O dia segue...
Distraída com inutilidades
Meus pensamentos domados
Se concentram em não lembrar.
Inútil!

Silêncio...torturante silêncio
Pernas e mente conectadas: inquietas.
Pensamento caleidoscópico
Imagens e sentimentos sem existência
Miopia mental.

Amanda Medina

14 de mar. de 2011

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Uma praia e seu mar
Uma Lua nascente no pôr-do-Sol
Um abraço secular que sela
em um só golpe
Perdida e Salva

Mais uma noite de verão e seus sonhos absurdos.

Amanda Medina

Caça palavras

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Vinícius, Fernando e Carlos
Companheiros de insônia
Rastejantes horas
Cadê minha palavra que brota da terra?
Retoma a vida
Religa os olhares
e esvazia a alma.

Penso em aposentar-me
Desta prematura carreira de menestrel
Se encontrar a minha palavra
Um monossilabo me satisfará a gula
O transcrever deste fechado mundo escuro e nada.

A quero em meu epitáfio
Deixarei de ser matéria
Vou voar pro meu abismo
lá em meio a escuridão
Talvez haja uma flor
Uma sílaba de misericórdia...


Leve, levada pelo vento...
Embora busque
Não tenho nada a dizer
Nenhuma misera e simples palavra sai
Peito calado, lágrimas tímidas

Mas sinto, e isso é tudo.

Amanda Medina
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as mudanças se expandirão
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Tudo o que fazemos produz efeito,
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DALAI LAMA