24 de nov. de 2010

| | |
Ontem deixei a porta aberta de madrugada
Como de costume
Gosto do ar frio correndo por aqui
Saí do banho com a toalha na cintura, pingando.


Eis que lá estava um gato preto
Ignorando claramente as regras de propriedade
O contrato social
E as boas maneiras.


Ficamos nos encarando
É isso que acontece quando se deixa a porta aberta
Nossos olhos brilhando na escuridão
Nossa escuridão brilhando na luz morta dos corredores.


Ficamos ali
Que se dane
Ofereci uma bebida
E quem rejeita uma a essas horas?


Bebemos nossas almas e algo mais
Falamos sobre as coisas daqui e de lá
Gato preto disse que a morte
É só o começo.


Israel

0 comentários:

Postar um comentário