Por Fim o Perdão

10 de jun. de 2011

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Quando se anda para fugir ou para chegar
São as pernas que nos guiam
E nos levam para refugios inusitados
Entrei na igreja, não quis orar
Não vi Jesus, nem um anjo, nem nada

No fim da tarde até o Sol
Faz poesia alegre
Pelos vitrais translúcidos

Como um vitral, a luz modifica-me
Minhas nuances, retinas avelã
Expõe cicatrizes
Pequenos marcos

Degustei uma tranquilidade impar
Eu caleidoscópica
Um conto de cores

Expõe as dores que não doem mais
Apenas são

Fizemos as pazes
Um matrimonio poético
-Serás tu, o condição
Minha companheira
Pela vida adentro
Estarás em mim

E isso não me magoa mais

Aquelas cores transcendentais
Por todo esse sofrimento contido
Com causas profundas

Único desejo verdadeiro
Alcançar, um dia
A perfeição do mar
Que mesmo nos dias tempestuosos
Ondas rancorosas, fúria penetrante nas pálidas areias
Permanece eternamente sereno em suas profundezas escuras
E insondáveis

Fecho os olhos e me perdôo
Amanda Medina

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