Negação Poética

25 de jan. de 2012

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Um momento de escuridão,quando se percebe que os anos passaram e todo o processo pode ter te levado longe demais.  Aqueles rostos, outrora tão amigos e importantes se dirigiram a insignificancia, não nutrimos nem a mais remota afinidade, intimidade, nada.
 As convenções sociais me forçam a abraços vazios, que me ferem como flechas de “o que era mesmo”.
Como fui feliz em minha ignorância.
Quero parar a música,  jogar ao chão as bebidas, bater-lhes nas faces e dizer: cresçam, meus antigos amigos, para que possamos novamente conversar com igualdade, para que possamos desfrutar de tardes longas de diáogos acalorados, deixem de lado essa infantil embriaguês,  fiquem sóbreos, esqueçam seu Deus domingueiro e se libertem.
Acordem desgraçados.
 Mas nada faço.
As paixões mal  resolvidas se tornam inesqueciveis por estarem aliadas ao “E SE”, já as amizades passadas nos ferem no orgulho de caminhar. Como saudade da virgindade, não servia pra nada mas não dá pra voltar atrás. Piada cretina.

Quando, pergunto ao rosto maquiado no espelho, quando voei  pra tao longe e deixei-os todos para tras? Quantos mais deixarei? Haverá alguem a me esperar?
Só um choro convulsivo como resposta.

Amanda Medina.

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