Por vezes a busca é vã
Vazia até
Perder o foco é habitual
Mas essa sabotagem
Não impede o buscador
de procurar a latitude
Que não raras vezes
está no início
Síndrome de Tao
Em frases perdidas
E a solidão se torna mais bela
desejada e quase material
Amiga de rede, de varanda, de violão
Faz fotossíntese
Busca o Sol com devoção
Blues novos e velhos e poeirentos
Lendas antigas, de sonhos intuitivos
Dão lugar a sala
ao imaginativo
concreto
Minhas indagações lhe são cômicas
E quase o escuto rindo
A solidão já não me faz companhia.
Amanda Medina